Quem foi Pitágoras e quais foram suas contribuições para a matemática e a filosofia?

O pensador grego viveu entre os séculos 6 e 5 a.C. e suas contribuições transcenderam sua existência.

Um menino resolve problemas de aritmética com a ajuda de sua mãe.

Foto de Nichole Sobecki
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 28 de ago. de 2023, 12:43 BRT

Pitágoras (570 a.C. - 500-490 a.C.) foi um filósofo e matemático grego que formulou princípios que contribuíram para o desenvolvimento das disciplinas em que trabalhou e influenciaram pensadores posteriores, como Aristóteles e Platão, informa a Encyclopaedia Britannica, uma plataforma de dados educacionais.

O que se sabe sobre a vida e o trabalho de Pitágoras?

Poucas informações são conhecidas sobre a vida de Pitágoras, revela a enciclopédia. O conhecimento disponível sobre o pensador vem de relatos contemporâneos, e os primeiros relatos fragmentários de sua vida datam do século 4 a.C., cerca de 150 anos após sua morte. 

Com relação à sua biografia, sabe-se que Pitágoras nasceu em Samos (uma ilha grega no Mar Egeu) e provavelmente viajou para o Egito e a Babilônia quando jovem. 

Por volta de 532 a.C., ele emigrou para o sul da Itália, aparentemente para escapar do governo tirânico de Samos. Foi lá que ele estabeleceu uma academia ético-política. Entretanto, teve que fugir de Samos em 510 a.C. para a cidade italiana de Metapontum, onde morreu.

Qual foi a contribuição de Pitágoras para a matemática?

De acordo com a Britannica, é difícil distinguir os ensinamentos de Pitágoras dos ensinamentos de seus discípulos. De fato, é possível que ele não tenha escrito nenhum livro e que seus seguidores tenham apoiado suas doutrinas citando indiscriminadamente a autoridade de seu mestre.

De acordo com a Encyclopedia of World History (Enciclopédia da História Mundial), uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo melhorar a educação histórica em todo o mundo, o que se sabe sobre Pitágoras vem de escritores posteriores que compilaram fragmentos de sua vida relatados por seus contemporâneos e alunos.

Ainda assim, ao matemático grego é creditada a teoria do significado funcional dos números. De acordo com a Britannica, ele acreditava que os números eram de grande importância para a compreensão do mundo natural e estudou o papel deles na música.

Outra descoberta atribuída a Pitágoras é o teorema que leva seu nome. Entretanto, é provável que esse e outros avanços tenham sido desenvolvidos posteriormente pela escola pitagórica. 

De fato, de acordo com o projeto "Derivação da Matemática" da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), embora Pitágoras tenha provado o teorema que leva seu nome, ele não foi o único nem o primeiro a usá-lo. O teorema de Pitágoras afirma que, em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos lados.

Segundo a Unicamp, os indianos, egípcios e babilônios já o utilizavam há pelo menos mil anos. Os primeiros, por exemplo, utilizavam a relação matemática entre 800 e 600 a.C. para desenhar triângulos e trapézios, considerados figuras nobres, em altares de cemitérios em homenagem aos deuses. Na mesma linha, a prova de que o teorema era conhecido pelos babilônios data de 1800 a.C.

Uma menina aprende números na Millibangalala Ranger Station (Moçambique), que oferece serviços de saúde e educação às comunidades da Reserva Marinha.

Foto de Thomas P. Peschak

Qual foi a contribuição de Pitágoras para a filosofia?

Embora poucas informações sejam conhecidas sobre Pitágoras, há também algumas certezas. Além de ter influenciado a matemática, o grego deixou uma marca no desenvolvimento do pensamento filosófico e religioso.

De acordo com a Encyclopedia of World History, o filósofo Porfírio (234 a.C. - 305 a.C.), que escreveu uma biografia posterior de Pitágoras, revela que, embora não seja possível afirmar com certeza o que ele ensinou a seus discípulos, sabe-se que o grego fez suas conjecturas filosóficas.

Primeiro, observa a enciclopédia de história, Pitágoras sustentava que a alma é imortal; segundo, que ela migra para outros tipos de animais; terceiro, que os mesmos eventos se repetem em ciclos sem que nada seja novo no sentido estrito; e, finalmente, que todas as coisas que têm alma devem ser consideradas iguais.

Essa crença na imortalidade da alma e na reencarnação pode ter sido o motivo que levou Pitágoras a adotar um estilo de vida vegetariano com a premissa de não prejudicar nenhum outro ser vivo.

No entanto, como no caso do teorema, é possível que essas ideias tenham sido adotadas dos egípcios e que o filósofo tenha apenas tomado a iniciativa de compartilhá-las em sua terra natal.

"Embora nada possa ser dito com certeza sobre a vida ou os ensinamentos originais de Pitágoras, discípulos e admiradores posteriores desenvolveram o suficiente do pensamento dele para torná-lo o maior filósofo grego da antiguidade", conclui a Encyclopedia of World History.

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