Veja mulheres inspiradoras trabalhando em diferentes épocas no mundo todo
Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres agora em março, refletimos sobre a importância das mulheres na força de trabalho mundial ao longo da história e sua contínua batalha contra a discriminação e a desigualdade.
Aproveitando o mês de março, em que celebramos o Dia Internacional da Mulher, é importante refletir sobre o papel da mulher no mercado de trabalho. As mulheres vêm assumindo papéis de responsabilidade na indústria, na agricultura e em várias áreas há séculos, mas, no final do século 19 e início do século 20, os avanços tecnológicos e os conflitos globais empurraram sua mão de obra para o setor público em um ritmo ainda maior.
A Revolução Industrial se voltou contra elas, a produção em campos ao redor do mundo continuou a depender de seu trabalho e os esforços de guerra foram apoiados pela mão de obra feminina.
Embora o impacto na força de trabalho das mulheres – dentro e fora de casa – sempre tenha sido essencial, ele nem sempre foi apoiado por um tratamento seguro e igualitário. Na época da Revolução Industrial, as mulheres de toda a Europa e dos Estados Unidos migraram do trabalho têxtil de menor escala para as fábricas de grande escala. Elas desenvolveram o setor e ganharam um salário, mas as condições eram muitas vezes perigosas e prejudiciais. As mulheres trabalhavam de 12 a 14 horas por dia em instalações mal ventiladas, escuras e perigosamente quentes ou frias.
Enquanto isso, as mulheres em outras partes do mundo continuavam a apoiar os esforços agrícolas, onde as condições não eram melhores e incluíam igualmente longas horas de trabalho, muito tempo sob o sol quente e trabalho pesado.
Maior presença feminina no mercado de trabalho
Durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, a participação das mulheres na força de trabalho mudou novamente. Os esforços de guerra levaram as mulheres de muitos países a assumir funções que tradicionalmente eram ocupadas por homens.
Como os homens foram para o exterior, muitas mulheres trabalharam como operadoras de máquinas, montadoras e inspetoras. Outras aceitaram empregos como garçonetes, cozinheiras, atendentes de hospitais e equipes de limpeza. Ainda assim, seu maior envolvimento no mercado de trabalho não se traduziu em tratamento igualitário.
Durante a Segunda Guerra Mundial, as mulheres eram muitas vezes excluídas dos cargos de gerência e frequentemente recebiam de metade a dois terços do salário que os homens recebiam pelo mesmo tipo de trabalho.
As mulher no mercado de trabalho atualmente
Esse tipo de discriminação salarial – juntamente com uma variedade de barreiras para o crescimento e a inclusão – continua até hoje. Nos Estados Unidos, essa diferença salarial entre homens e mulheres também é influenciada pela raça: as mulheres brancas ganham uma média de 82 centavos para cada dólar que um homem branco ganha, enquanto as mulheres negras ganham 65 centavos, as asiáticas ganham 87 centavos e as hispânicas ganham 58 centavos – tudo isso de acordo com uma análise do Pew Research Center dos dados de 2015.
Os defensores da igualdade de gênero no local de trabalho continuam a lutar por salários iguais, licença parental e representatividade em cargos mais altos – e contra a discriminação e a exclusão.
Apesar dos desafios, as mulheres continuam a representar uma parcela significativa da força de trabalho global, embora não chegue à metade. De acordo com o Pew Research Center, as mulheres representam pelo menos 40% da força de trabalho em mais de 80 países.
Os cinco países com a maior participação feminina em todo o mundo estão na África Subsaariana, enquanto as mulheres representam 46,8% da força de trabalho nos Estados Unidos e cerca de 45% na maioria das nações da União Europeia.
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, no dia 08 de março, vale ver a compilação de fotos incríveis dos arquivos da National Geographic que mostram mulheres trabalhando em todo o mundo.
Esta história faz parte do Women of Impact, um projeto da National Geographic centrado em mulheres que quebram barreiras em seus campos, mudam suas comunidades e inspiram ações. Participe da conversa em nosso grupo no Facebook.
Lauren O'Brien é redatora de notícias digitais na National Geographic, cobrindo tópicos relacionados à cultura e à exploração.