Amazônia é tema de encontro de exploradores da National Geographic em Manaus
Pesquisadores latino-americanos reúnem-se para apresentar projetos sobre conservação da região amazônica e participar de uma série de workshops sobre comunicação.
Dezessete pesquisadores de diversos países da América Latina estão reunidos esta semana em Manaus (AM) para participar do Sciencetelling Bootcamp & Explorer Spotlight, evento da National Geographic Society. Em comum, estes biólogos, paleontólogos, fotógrafos e conservacionistas estão envolvidos atualmente em projetos científicos que abordam a região amazônica. Além disso, todos eles tornaram-se exploradores da National Geographic e recebem apoio da entidade.
“Todos esses pesquisadores são transformadores, e nós queremos dar a eles as melhores ferramentas”
“Todos esses pesquisadores são transformadores, e nós queremos dar a eles as melhores ferramentas para que continuem a implementar mudanças”, diz Gael Almeida, diretora regional de América Latina da National Geographic Society.
Esta é a primeira vez que um evento da entidade é focado na Amazônia. Segundo Almeida, a escolha se dá em um momento crucial para a região, em que seu futuro tem sido tema de muito debate. “É parte de nossa missão tentar conservar os últimos refúgios selvagens do planeta”, explica a diretora.
No Sciencetelling Bootcamp & Explorer Spotlight, que ocorre entre quarta-feira (10/7) e sábado, os pesquisadores têm a oportunidade de conhecerem os detalhes dos projetos uns dos outros e, principalmente, receberem um treinamento para profissionalizar o acesso de suas pesquisas ao público. Assim, workshops de como falar em público, prática de fotografia e vídeo e uso das redes sociais estão sendo ministrados ao longo da semana, acompanhados por atividades práticas.
“Como cientista, tenho poucas oportunidades de comunicar minhas ideias de forma adequada e tornar meu trabalho mais conhecido”, observa a paleontóloga peruana Julia Tejada, que tornou-se uma exploradora em maio de 2019 e faz doutorado na Universidade de Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos, de onde veio para participar do evento.
Além de Peru, Equador, Bolívia e Colômbia, o Brasil está muito bem representando no Bootcamp: são nove participantes, de diversas áreas de conhecimento. Um deles é o ecólogo marinho Angelo Bernardino, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que estuda o impacto do desmatamento de manguezais no aquecimento global. “Estamos aprendendo a melhorar a nossa comunicação e divulgar nosso projeto para um público mais amplo”, comenta ele. “O apoio da National Geographic Society é muito presente e tem sido de muito valor”.