Dia Internacional do Bicho-Preguiça: curiosidades sobre este animal tão presente no continente americano

A data celebrada todo terceiro sábado de outubro é uma forma de aumentar a conscientização sobre esses animais. Passando por sua dieta até quanto tempo dormem, conheça mais dados curiosos sobre eles.

Uma bicho-preguiça mãe, atordoada por uma queda causada por caçadores, acena em um movimento defensivo. Altos de Polônia, Departamento de Córdoba, Colômbia.

Foto de Juan Arredondo
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 15 de out. de 2022, 10:00 BRT, Atualizado 18 de out. de 2022, 15:27 BRT

O Dia Internacional do Bicho-Preguiça é uma iniciativa que surgiu em 2010, durante o Primeiro Encontro Internacional sobre Bem-Estar e Conservação dos Preguiças, que foi realizado na cidade de Medellín, Colômbia. Em 2022, a efeméride acontece no dia 15 de outubro e, anualmente, deve ser sempre comemorada no terceiro sábado deste mês.

As preguiças ou  bichos-preguiças habitam as florestas tropicais das Américas Central e do Sul, ocorrendo em países como Panamá, Costa Rica, Colômbia, Brasil, Suriname e Venezuela, como informa a Associação Pan-Americana para a Conservação (Appc), organização sem fins lucrativos dedicada ao resgate e à conservação da vida selvagem

No dia da efeméride, a Appc realiza um evento educacional para promover a conservação e preservação deste animal que é endêmico, ou seja, só existe no continente americano. National Geographic consultou a Appc para listar curiosidades bastante particulares sobre estes animais. Conheça mais sobre eles. 

Quantas espécies de preguiças existem

Segundo informações da Appc, existem seis espécies de bichos-preguiças divididas em duas famílias: Megalonychidae (preguiças-de-dois-dedos), que fazem parte a preguiça-de-hoffmann (Choloepus hoffmanni) e a preguiça-real (Choloepus didactylus); e a Bradypodidae (preguiças-de-três-dedos), cujos integrantes são a preguiça-comum ou preguiça-de-óculos (Bradypus variegatus), a preguiça-anã-de-três-dedos (Bradypus pygmaeus), a preguiça-de-bentinho (Bradypus tridactylus) e a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus). 

Destas, a preguiça-comum, a preguiça-de-hoffmann e a preguiça-real habitam as florestas da Colômbia e Panamá, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Uma preguiça, com filhotes, pendurada em um galho de árvore no Panamá.

Foto de Christian Ziegler

Todas as três espécies são de menor preocupação de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Por outro lado, a única preguiça criticamente ameaçada de extinção é a preguiça-anã-de-três-dedos, encontrada apenas no Panamá, informa a Lista Vermelha.

Já a preguiça-de-bentinho é encontrada na região amazônica, se espalhando pelo Brasil, Venezuela, Suriname e nas Guianas. Seu estado de conservação é considerado pouco preocupante. 

Por fim, existe a preguiça-de-coleira, endêmica da região da Mata Atlântica brasileira, principalmente nos estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, é listada como vulnerável pela IUCN. 

Quanto tempo uma preguiça leva para se alimentar

Segundo o Appc, esses mamíferos alimentam-se principalmente de folhas, flores e às vezes de frutas tropicais. Além disso, a dieta dos integrantes da família das preguiças de dois dedos é mais variada.

Eles vivem pendurados de cabeça para baixo no topo das árvores e só descem ao chão para defecar cerca de uma vez por semana, de acordo com informações do Pnuma. Isso é reflexo de seu metabolismo lento e eles gastam pouca energia ao movimentarem-se, o que significa que podem sobreviver com pouca comida

Esta lentidão também é observada durante a alimentação. Um bicho-preguiça pode levar semanas para digerir algo que outro animal faria em questão de horas.

Quanto à sua velocidade de deslocamento, a Appc diz que as preguiças-de-três-dedos se movem, em média, sete centímetros por segundo. Já as preguiças-de-dois-dedos tem o movimento ligeiramente mais rápido.

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    Quais são as ameaças às preguiças?

    O Appc adverte que "uma das maiores ameaças que os bichos-preguiças selvagens enfrentam é a fragmentação da floresta como resultado do desmatamento e da destruição de seu habitat".

    Os preguiças se deslocam por entre as copas das árvores e, às vezes, seu caminho é bloqueado devido a lacunas na vegetação, resultado da expansão das áreas urbanas e estradas. Os animais são, então, obrigados a descer ao solo, onde ficam mais vulneráveis aos predadores (como cobras, onças e outros carnívoros).

    Ao fazer isso, eles podem também tentar atravessar rodovias onde correm o risco de serem atropelados por veículos, já que podem levar até cinco minutos para atravessar uma rua.

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    O Pnuma também elenca a venda e exibição ilegais de bichos-preguiças como uma das ameaças: "As preguiças se tornaram uma mercadoria no comércio turístico." Nesse caso, a principal preocupação é que entre 80% e 90% dos animais traficados acabam morrendo devido às condições de transporte e abrigo. 

    Por esta razão, a Appc e o Pnuma trabalham para aumentar a conscientização entre os turistas e a população.

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