Estes são os mamíferos mais dorminhocos do planeta
Alguns animais dormem praticamente durante todo o dia. Um deles é nativo da América Latina.
Uma preguiça cativa em Iquitos, Peru.
Nos mamíferos, a quantidade e as características do sono estão relacionadas com a idade, com o tamanho do corpo e as variações ecológicas (dieta ou ou ambiente em que vivem, por exemplo).
O sono é um momento importante para que o corpo realize uma série de funções, mas as variações nos hábitos de dormir indicam que essas atividades são diferentes entre as espécies.
A informação está em artigo publicado na revista científica Nature, em 2005, pelo pesquisador Jerome Siegel, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos.
Um coala ameaçado em um santuário de vida selvagem.
Apesar do bicho-preguiça ter a fama de dorminhoco, há animais que o superam. Os coalas (Phascolarctos cinereus), por exemplo, dormem entre 18 e 22 horas diárias, segundo a Australian Koala Foundation (AKF).
A AKF é uma organização não-governamental sem fins lucrativos dedicada à conservação da espécie e do seu habitat. De acordo com essa fundação, os coalas comem folhas de eucalipto que são pobres em nutrientes, ricas em fibras e que possuem toxinas.
Logo, muita energia é necessária para digerir as folhas – e dormir por longos períodos é uma estratégia para economizar energia.
Nativo da Austrália, o coala é um marsupial cuja população tem diminuído na natureza, fazendo com que ele esteja em situação de vulnerabilidade na lista vermelha da União Internacional Para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Pequeno-morcego-marrom
Um pequeno-morcego-marrom hibernante.
Alguns morcegos dormem entre 18 e 20 horas por dia, afirma o artigo da Nature. Entre eles, está o pequeno-morcego-marrom (Myotis lucifugus), encontrado nos Estados Unidos e no Canadá.
Esse tipo de morcego faz uso de três tipos de ambientes para dormir: diurnos, noturnos e de hibernação. A informação é da Animal Diversity Web (ADW), uma base de dados online de vida animal da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos.
Os locais de sono são definidos em função de temperaturas estáveis. Para o descanso diurno e noturno, são escolhidos espaços como edifícios, árvores e estruturas rochosas ou de madeira onde a iluminação é escassa ou nula.
No caso de locais de hibernação, a preferência é por ambientes mais quentes, informa a ADW.
Atualmente, a população do pequeno-morcego-marrom está decrescendo, fazendo com que a espécie seja classificada como em perigo de extinção pela IUCN.
Bicho-preguiça
Uma mãe preguiça mexe seu braço como um movimento defensivo.
Os bicho-preguiças (subordem Folivora) – ou simplesmente “preguiças” – habitam as florestas tropicais da América Central e do Sul (em países como Panamá, Costa Rica, Colômbia, Brasil, Suriname e Venezuela), geralmente pendurados nas copas das árvores.
Esses animais chegam a dormir até 18 horas por dia, mas não consecutivamente, segundo dados da Associação Panamericana Para a Conservação (APPC), organização sem fins lucrativos de proteção à vida silvestre.
Uma das maiores ameaças que o bicho-preguiça enfrenta é a destruição do seu hábitat. Outras situações como a caça ilegal, o tráfico de espécies, ataques de cães domésticos, acidentes com fiações elétricas e até mesmos atropelamentos em zonas que cruzam o ambiente do bicho-preguiça também ameaçam a sua sobrevivência.