As 5 curiosidades sobre o tubarão-baleia

Considerado um dos maiores peixes do oceano, o tubarão-baleia é cobiçado por sua carne e está ameaçado de extinção.

Tubarão-baleia, Rhincodon typus, nadando na costa de Maui, Havaí, EUA.

Foto de SHUTTERSTOCK
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 30 de ago. de 2023, 12:00 BRT

tubarão-baleia (cujo nome científico é Rhincodon typus) pode ser encontrado nadando perto da superfície de quase todos os mares e oceanos do mundo e alcança medir até 20 metros de comprimento, como informa a Encyclopedia of Life (EOL), um banco de dados que compila informações sobre todas as espécies conhecidas de seres vivos na Terra.

Esse incrível animal aquático é também bastante versátil, o que significa dizer que ele cobre a maior parte dos oceanos equatoriais e temperados do mundo, exceto o Mar Mediterrâneo, explica a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). 

Nas águas que ocupa, a temperatura varía de 21°C a 30°C. No entanto, o animal pode descer a uma profundidade de 1.700 metros no fundo do mar, onde os termômetros caem para cerca de 7.8°C. 

Embora seja apresentado como um animal solitário, que costuma nadar sozinho, o tubarão-baleia vive em comunidade. De acordo com a EOL, ele pode viver em grupos de até centenas de indivíduos. 

Conheça outras curiosidades sobre esse gigantesco tubarão. 

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1. O tubarão-baleia é o maior peixe do mundo

Encyclopedia of Life considera o tubarão-baleia o maior peixe do mundo. O maior indivíduo registrado até hoje foi encontrado em 1987. Era um espécime taiwanês que media 20 metros. O segundo maior exemplar tinha 18,8 metros de comprimento total e foi encontrado na Índia. 

Em comparação, a baleia azul (Balaenoptera musculus), considerada o maior mamífero marinho e o maior animal do planeta, supera o tubarão-baleia em 10 metros de comprimento. Ela pode ter até 30 metros de comprimento e pesar mais de 200 toneladas. 

2. A cabeça do tubarão-baleia contém órgãos que o ajudam a navegar

Um tubarão-baleia se alimenta na superfície evitando o sargaço que se acumula ao longo das correntes com suas presas especializadas em coletar plâncton. Ilha das Mulheres, México.

Foto de Jennifer Hayes

Um dos comportamentos mais notáveis do tubarão-baleia é a capacidade de usar certos órgãos em sua cabeça que o ajudam a se orientar no mar e a navegar. Conforme relata a EOL, o animal tem órgãos semelhantes a fossas, agrupados em torno de sua cabeça. Eles se chamam ampolas de Lorenzini e detectam campos elétricos e magnéticos fracos, os quais o auxiliam a nadar longas distâncias. 

Além disso, seu ouvido interno é considerado o maior conhecido no reino animal, o que sugere que o tubarão-baleia é mais receptivo a sons de comprimento de onda longa e de baixa frequência. Assim, ele pode gerar algum tipo de comunicação auditiva entre seus companheiros debaixo d'água.

Entre outras peculiaridades de seu corpo, a enciclopédia também destaca a posição de seus olhos nas laterais da cabeça, o que permite ao animal ter um amplo campo de visão binocular. 

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3. O tubarão-baleia contém hospedeiros que vivem em seu corpo

Durante suas viagens pelos mares tropicais e oceanos do mundo, o tubarão-baleia é acompanhado por várias criaturas vivas que funcionam como hospedeiros e se alimentam tanto de bactérias na superfície de sua pele quanto do próprio zooplâncton, que o tubarão come filtrando pela boca. 

Ele hospeda, exclusivamente, dois pequenos crustáceos em seu corpo: o Prosaetes rhinodontis, um suposto parasita que, de acordo com a EOL, é encontrado na superfície das almofadas filtrantes do tubarão (uma região de sua boca que filtra o alimento). Há também o Pandarus rhincodonicus, um crustáceo que se alimenta de bactérias na superfície de sua pele. 

Além disso, há três outras espécies de animais que vivem ao lado do tubarão-baleia, como se fosse a órbita de um planeta ao redor do sol. Trata-se do  tubarão-rêmora (Echeneis naucrates) e de dois outros tipos de peixe-rêmora, o Remorina albescens e o Remora remora, também conhecido como rêmora comum. 

4. Como os tubarões-baleia possuem um curioso modo de reprodução

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    Um tubarão-baleia nadando na Península de Yucatán, no México.

    Foto de BRIAN J. SKERRY

    Os tubarões-baleia são portadores vitalícios de lecitotrofia, uma forma de reprodução em que os ovos são fertilizados internamente e se desenvolvem nas tubarões fêmeas até o final do estágio embrionário. 

    maturidade sexual deste animal pode levar até 30 anos, embora a longevidade da espécie ainda não seja conhecida. As estimativas de EOL dizem que esse tipo de tubarão pode viver de 54 a 100 anos.

    Na hora do acasalamento, raramente dois indivíduos acasalam em sequência, e um único macho pode fertilizar uma ninhada inteira de tubarões-baleia. Assim, de acordo com a EOL, as fêmeas usam uma forma de armazenamento de esperma para fertilizar os óvulos em estágios sucessivos. 

    5. O tubarão-baleia é considerado ameaçado de extinção

    Esse animal não tem predadores naturais devido ao grande tamanho que atinge quando adulto. Entretanto, espécimes menores são ocasionalmente atacados por animais maiores. 

    A enciclopédia destaca as orcas (Orcinus orca) e os tubarões brancos (Carcharodon carcharias) como alguns dos predadores que costumam devorar tubarões-baleia de até oito metros de comprimento. 

    Já a melhor adaptação defensiva do tubarão-baleia é a sua pele, composta de manchas e listras claras em um corpo escuro, além da barriga branca. Sua cobertura de dentículos dérmicos e uma espessa camada de cartilagem o tornam altamente resistente a qualquer ameaça, informa o banco de dados sobre animais. 

    Apesar de seu tamanho, os seres humanos estão, de certa forma, no topo da cadeia alimentar do tubarão-baleia. Isso porque, explica a enciclopédia, sua principal ameaça é a caça furtiva para o comércio de carne de baleia, juntamente com a invasão humana em seu habitat natural através de ações como a perfuração de petróleo e gás no mar; a pesca com redes; e as atividades recreativas humanas. 

    De fato, o maior peixe do oceano também é conhecido como "tubarão tofu" devido à sua carne macia, consumida em muitos países. A EOL diz que "sua carne é uma iguaria em restaurantes de Taiwan e, embora as fibras de cartilagem das barbatanas não sejam boas para fazer sopa, elas são vendidas como barbatanas de exibição ou troféus em restaurantes asiáticos, em um valor que parece estar aumentando ao longo dos anos". 

    Por isso, desde 2016, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN classificou o animal como ameaçado de extinção. No entanto, tudo indica que o número de espécimes distribuídos pelo mundo está aumentando. De acordo com dados do ano de 2021, a união internacional estima uma recuperação parcial entre 25% e 55% nos próximos 10 anos para o tubarão-baleia, e uma recuperação completa da espécie 100 anos no futuro.

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