O que fazer para evitar a hipertensão arterial
Neste 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão. Saiba mais sobre uma das doenças mais comuns entre os brasileiros e como evitá-la.
Funcionários do National Institute on Aging avaliam uma idosa em uma esteira. Harbor Hospital, Baltimore, Maryland, Estados Unidos.
Você provavelmente conhece alguma pessoa próxima que sofre de hipertensão arterial. Essa doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias (acima de 140/90 mmHg ou 14 por 9) afeta cerca de 26,3% da população brasileira adulta, segundo dados do Ministério da Saúde brasileiro.
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O órgão governamental relata ainda que houve um crescimento de 3,7% nesse número entre os anos de 2006 e 2021. Considerada uma dos principais fatores de risco para acidente vascular cerebral (o chamado AVC), infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca, a hipertensão requer atenção e cuidados.
Fatores de risco para a hipertensão arterial
De acordo com João Vicente da Silveira, doutor em Cardiologia e médico cardiologista do Hospital Sírio Libanês, na cidade de São Paulo, há uma série de fatores de risco da hipertensão arterial que precisam ser levados em conta. Entre eles, estão:
- Histórico familiar (filhos de pais hipertensos têm maior probabilidade de apresentar hipertensão arterial);
- Alimentação inadequada (como o consumo de uma dieta hipersódica, com excesso de sal);
- Obesidade e sobrepeso;
- Estresse crônico;
- Níveis altos de colesterol;
- Tabagismo.
“Esses são fatores de risco que podem se juntar. Se você diminuir todos eles, a pressão tende a ficar mais estabilizada”, explica o médico.
Alimentação e exercícios físicos: o que fazer para evitar a hipertensão arterial
Bons hábitos de alimentação e exercícios físicos ajudam a prevenir a hipertensão.
De acordo com Silveira, “a prática de atividade física regular faz com que a pessoa diminua os níveis de colesterol e triglicerídeos, e a perda de peso tem um impacto na pressão arterial”, explica o cardiologista.
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Já em relação à alimentação, o médico esclarece que o ideal é optar por alimentos que não tenham excesso de sal.
“Devem ser priorizados os alimentos com o mínimo necessário de sal. Nós podemos comer, por dia, de 2 a 5 gramas de sal. O Brasil apresenta uma média de 7 gramas de sal consumidos por dia”, comenta o especialista.
Como exemplos de alimentos a serem evitados ou consumidos com moderação, estão: amendoim, pipoca, produtos condimentados, enlatados e embutidos.
A relação entre hipertensão e idade
O Ministério da Saúde do Brasil destaca que a incidência da hipertensão aumenta conforme o envelhecimento (ou seja, quanto maior a idade da pessoa, maiores as chances de apresentar a doença, sendo menos comum em crianças e adolescentes).
No entanto, Silveira afirma que é preciso cuidar da alimentação da parcela mais jovem da população. “Hoje, os jovens, adolescentes e crianças estão fazendo uso de uma dieta hipersódica (ou seja, com muito sódio) cada vez mais cedo. Isso favorece o desenvolvimento de hipertensão. Essas crianças precisam ser orientadas”, afirma.
O acompanhamento profissional também é de extrema importância: apesar da vasta quantidade de informações disponíveis na internet, o diagnóstico de hipertensão arterial e as orientações devem ser sempre feitos por um médico.