Eclipse lunar total de novembro de 2022: como ver o fenômeno que não se repetirá até 2025

Último eclipse do ano poderá ser contemplado neste 8 de novembro. Confira todos os detalhes sobre este fenômeno astronômico.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 31 de out. de 2022, 12:48 BRT, Atualizado 7 de nov. de 2022, 15:54 BRT

Uma lasca de Urano é vista pela Nasa Voyager 2. Esta imagem foi obtida através de três filtros de cores e recombinadas para produzir a imagem colorida.

Foto de NASA JPL

O mês de novembro será uma boa ocasião para apreciar o céu e os eventos astronômicos. Os observadores mais atentos poderão presenciar duas chuvas de estrelas, um eclipse total da Lua e a oposição de um planeta.

Chuva de meteoros Táuridas

Todos os anos, entre setembro e novembro, a Terra passa por uma corrente de detritos deixados pelo cometa Encke. Quando esses restos atingem a atmosfera da Terra, eles queimam e criam uma chuva de meteoros, conforme explicação da Nasa

O Encke causa duas chuvas: as Táuridas do Sul, que aparecem primeiro, e os Táuridas do Norte. “Em algum momento, as duas formações se juntam e os dois fenômenos são vistos ao mesmo tempo”, diz Fernanda Urrutia, astrônoma da área de comunicação e divulgação da NoirLab/Aura (Laboratório Nacional de Pesquisa em Astronomia Óptica-Infravermelha/ Associação de Universidades para a Investigação em Astronomia) do Chile.

No dia 10 de outubro de 2022, a chuva de meteoros Táuridas do Sul registrou sua maior atividade, indica a astrônoma. Da mesma forma, aqueles que não puderam perceber este evento, poderão aproveitar a oportunidade para ver as Táuridas do Norte em seu máximo esplendor durante a noite de 12 de novembro, aponta o Instituto Nacional de Astrofísica, Óptica e Eletrônica (Inaoe) do México.

Segundo a especialista chilena, a média de ambas as chuvas é de aproximadamente 7 meteoros por hora. “A melhor hora para procurar as Táuridas é depois da meia-noite, quando a constelação de Touro está alta no céu, que está escuro e limpo, sem a luz da Lua para cobrir os meteoros mais fracos”, observa a agência espacial.

(Descubra mais aqui: Cometas: o que são e qual a sua importância)

Eclipse total da Lua

O próximo evento ocorrerá em 8 de novembro, quando acontece o eclipse lunar total. Isso se dá quando o satélite da Terra é coberto pela sombra deste planeta, indica a Nasa.

O evento pode ser visto principalmente na América do Norte, no leste da Ásia e da Oceania, e será difícil de ser percebido na região da América Latina, pois ocorrerá durante a madrugada, explica Urrutia.

Ao contrário dos eclipses solares, os lunares são completamente seguros de se ver, e nenhum tipo de filtro protetor é necessário para esta observação. Da mesma forma, a Nasa sugere o uso de um par de binóculos que ampliem a visão e permitam aproveitar ainda mais o fenômeno.

Durante um eclipse lunar total, a Terra bloqueia a luz do Sol, mas indiretamente ainda consegue iluminar o satélite. No entanto, quando a luz solar passa pela atmosfera da Terra, ela filtra a maior parte da luz azul, explica a Nasa. É por isso que, neste caso, a Lua pode ser tingida de cor avermelhada, esclarece a astrônoma.

 

Quando será o melhor momento para ver Urano

Um dia depois, em 9 de novembro, Urano estará em oposição, relata Urrutia. Neste momento, o oitavo planeta do sistema solar se coloca em linha reta com a Terra e o Sol. Ao mesmo tempo, estará no perigeu (distância mínima da Terra).

Esta ocasião (enquanto o planeta está no perigeu e a oposição está ocorrendo) é um bom momento para observar o corpo celeste, pois toda a sua face visível é iluminada pelo Sol e, ao estar mais próxima, o astro parece maior e mais iluminado do que em outros momentos do ano, diz Fernanda Urrutia em artigo da National Geographic.

Para aproveitar a oposição, Urrutia recomenda usar um par de binóculos ou um telescópio.

Chuva de meteoros Leônidas

A segunda chuva de meteoros deste mês será a Leônidas. Embora a atividade ocorra entre 3 de novembro e 2 de dezembro, o pico máximo acontece na noite de 17 para 18 de novembro, segundo Urrutia.

A taxa máxima observável prevista para este evento é de 10 a 15 meteoros por hora e ele poderá ser visto do Hemisfério Sul.

De acordo com a Nasa, os pedaços de lixo espacial que interagem com a atmosfera da Terra para criar as Leônidas são originários do cometa 55P/Tempel-Tuttle. Ele leva 33 anos (da Terra) para orbitar ao redor do Sol uma vez.

(Você também pode estar interessado em: O que é um asteróide?)

A cada ano, a taxa de meteoros das Leônidas é geralmente de 15 meteoros por hora. Embora a cada 33 anos ou mais, “os espectadores na Terra possam experimentar uma tempestade que pode atingir o pico com centenas a milhares de meteoros vistos por hora”. A última vez que isso aconteceu foi em 2002.

Anote as datas e prepare os binóculos: novembro será um mês espetacular para observar o céu.

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