Acima, a Plaza de Armas no centro histórico de Cusco, no Peru, em que é possível ...

Para além de Machu Picchu: os 3 passeios imperdíveis para se fazer em Cusco, no Peru

O Peru tem uma rica cultura milenar e belezas naturais únicas que fazem do país um dos principais destinos de viagem do mundo. Conheça mais sobre Cusco e seus interessantes arredores.

Acima, a Plaza de Armas no centro histórico de Cusco, no Peru, em que é possível ver também a Igreja da Companhia de Jesus, construída no período da colonização espanhola, em 1.576.

Foto de Juliane Albuquerque National Geographic Brasil
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 13 de mai. de 2024, 18:10 BRT

Pelo segundo ano consecutivo, o Peru recebeu o prêmio de melhor destino internacional da revista National Geographic Travel na sua premiação Readers’ Choice Awards 2024, concorrendo com 75 finalistas. O país sul-americano é reconhecido mundialmente por sua diversidade cultural, histórica e natural, com lugares incríveis como a famosa Machu Picchu – porém este não é o único lugar que vale a visita.

Conhecida como “a cidade perdida dos Incas”, Machu Picchu é, sem dúvida, um dos lugares mais conhecidos do Peru. Afinal, é um impressionante sítio arqueológico bem preservado que fica entre as Cordilheiras dos Andes peruanos e a floresta tropical amazônica que se tornou um Patrimônio Mundial pela Unesco em 1983 (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura) e um dos destinos mais visitados do mundo. 

Porém, toda a região ao redor da cidade de Cusco – que é a maior cidade próxima à Machu Picchu – possui uma infinidade de lugares incríveis e que valem serem conhecidos. Isso porque Cusco é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do Hemisfério Ocidental e guarda uma história riquíssima muito presente, como informam dados da World History Encyclopedia (plataforma de conhecimento sobre história). 

A plataforma também explica que Cusco foi a antiga capital do extenso Império Inca e toda a região próxima ao centro da cidade é repleta de pequenas vilas e cidadelas com diversos sítios arqueológicos importantes e não tão populares como Machu Picchu, porém com muito da história dessa importante civilização, além de ter locais de grande beleza natural. São ruínas do Império Inca que refletem muito da grande habilidade em engenhariaarquitetura.

National Geographic Brasil foi a Cusco conhecer um pouco mais sobre esse lugar único na América do Sul e traz 3 pontos imperdíveis para conhecer e se maravilhar com a história, a cultura, a natureza exuberante e os sabores da região. 

As grandes muralhas de pedra das ruínas do sítio arqueológico Sacsayhuaman, que fica ao norte de Cusco.

Foto de Juliane Albuquerque National Geographic Brasil

1. Ver as marcas deixadas pelos incas em Cusco e seus arredores 

Cusco (também chamada de Qosqo, na língua quechua, antigo idioma dos incas) foi a capital religiosa e administrativa do Império Inca, que floresceu no antigo Peru entre aproximadamente entre 1.400 e 1.534 d.C, sendo depois dominada pelos colonizadores espanhóis. Segundo a World History Encyclopedia, os incas controlavam o território de onde hoje é Quito (capital do Equador) a Santiago (capital do Chile), o que fez deles o maior império já visto nas Américas e o maior do mundo naquela época. Cusco chegou a ter uma uma população de até 150 mil habitantes em seu auge. 

A cidade, que também é um Patrimônio da Humanidade da Unesco, segue sendo importante na América Latina e no mundo, e vale uma viagem ao Peru só para conhecer essa região. No alto de seus 3.400 m de altitude, até hoje Cusco mantém grande parte de sua arquitetura primitiva de pedra trabalhada pelos incas e atualmente faz parte das fundações das estruturas coloniais espanholas que são vistas nas casas, igrejas e museus. 

A presença do Império Inca está em todos lados da cidade, nas bases das casas, mas também nos sítios arqueológicos próximos ao centro histórico, como o Coricancha (ou Qorikancha), que é um dos principais complexos arqueológicos sagrados dos incas, já que era o Templo do Sol, chamado de Inti, como explica a enciclopédia. 

Não há mais vestígios da época em que esse templo tinha ouro e esmeralda por todos os lados, porém, boa parte da estrutura de pedra muito bem lapidada está de pé e é possível ser visitada. Os espanhóis, que ocuparam a região de Cusco a partir de 1.533construíram em cima do templo o Monastério de Santo Domingo, que hoje é também um museu – e recebe os viajantes que querem ver essa grande obra dos incas.

Bem perto do centro de Cusco, é possível conhecer outros importantes sítios arqueológicos para observar de perto a genialidade dessa antiga civilização. Vale a pena conhecer o complexo de templos e fortalezas de Sacsayhuaman, que protegia o norte da cidade. Construído mais ou menos durante 1.438 a 1.471, como explica a Encyclopedia Britannica (plataforma de conhecimento e educação oriunda do Reino Unido), possui muralhas de pedra maciças tão bem construídas que são um testemunho das habilidades dos arquitetos incas, num local que mescla uma estrutura monumental e uma belíssima paisagem natural.

Já mais próximo ao centro de Cusco é possível ainda visitar outros sítios arqueológicos com Tambomachay, lugar onde os governantes realizavam rituais sagrados com água, com várias fontes e ficou conhecido como “banho inca”; a fortaleza de Puka Pukara e também Q’enqo, que é um antigo anfiteatro no qual também se realizavam rituais, como de culto aos deuses e de mumificação.

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    À esquerda: No alto:

    A 5.200 metros de altitude, está o Valle Rojo - uma cadeia de montanhas de coloração avermelhada próxima à Montaña de las Siete Colores e rodeada pela Cordilheira dos Andes peruana.

    Foto de Juliane Albuquerque National Geographic Brasil, Juliane Albuquerque National Geographic Brasil
    À direita: Acima:

    No caminho para o alto do Valle Rojo, é possível observar belíssimas paisagens com lagos e, ao fundo, a Cordilheira dos Andes com seus picos nevados.

    Foto de Juliane Albuquerque National Geographic Brasil

    2. Aproveitar as trilhas para ver a natureza próxima próxima à Cordilheira dos Andes 

    Além de tesouros históricos, a região de Cusco possui joias naturais de belezas únicas e perfeitas para os amantes da caminhada, por conta de sua localização. Como conta o site oficial de turismo do governo do Peru, Vinicunca (ou a Montaña de las 7 Colores como é mais conhecida) fica próxima à Cordilheira dos Andes peruano e também ao lado do Valle Rojo, ambos a sudoeste de Cusco. 

    Esses destinos pertencem a um impressionante complexo de montanhas com cores únicas graças a sua formação geológica muito antiga, com tonalidades variadas graças a rochas com ferro, alumínio, calcário e até ouro

    Geólogos e especialistas afirmam que esses locais só foram descoberto recentemente devido ao derretimento das geleiras por causa do aquecimento global, já que antes a neve cobria a montanha constantemente. Para chegar ao Valle Rojo e à Montaña de las 7 Colores, que ficam em altitudes de até 5.200 metros acima do nível do mar, é importante ter preparo físico e aclimatação, já que as trilhas são exaustivas por conta da diferença de altura (o que pode dificultar a respiração, gerar fadiga e dor de cabeça).

     Há diversos passeios que os viajantes podem fazer para conhecer esses locais belíssimos, sendo que alguns oferecem a possibilidade de fazer alguns trechos  em quadriciclos (que deixam o trajeto tradicional de quase 5 horas mais curto). Porém, é preciso cuidado (e experiência para dirigir esses veículos), preparo físicoambientação prévia para a grande altitude, sendo um destino mais indicado à pessoas com treinamento em trekking e montanhismo, como afirma também o site oficial de turismo do país. 

    Outro local de beleza natural incrível é a Laguna Humantay, que faz parte da Cordilheira de Vilcabamba e fica em meio a grandes montanhas de picos nevados. Ela é considerada um “oásis” com águas de cor azul turquesa, ainda que seja de difícil acesso. É um destino de passeio mais indicado para viajantes aventureiros preparados para longas caminhadas em altitude

    caminhada até a Laguna é belíssima e é possível ir de carro até a comunidade de Soraypampa, onde começa a trilha que chega a cerca de 3 quilômetros de subida íngreme. Por conta da altitude, não é fácil fazer esse passeio e algumas pessoas optam por percorrer trecho a cavalo. 

    À esquerda: No alto:

    O Museu e Monastério de Santo Domingo, na área central de Cusco, que foi construído por cima de Coricancha, um local sagrado onde ainda é possível ver partes de suas ruínas, inclusiva onde era o Templo do Sol.

    À direita: Acima:

    No Museo del Chocolate, em Cusco, é possível provar e comprar chocolates artesanais feitos no local e, ainda licores criativos com chocolate e outras ervas, como na foto.

    fotos de Juliane Albuquerque National Geographic Brasil

    3. Descobrir os museus e sabores de Cusco  

    Já na área central de Cusco não se deve deixar de passar pelo Mercado de San Pedro, além de visitar a emblemática Plaza de Armas e ver o interior da Catedral de Cusco. Outro programa urbano na cidade é caminhar por suas pequenas ruas com casas que mesclam a arquitetura inca e a colonial espanhola. 

    Cusco possui museus com acervos e obras únicas tanto com peças arqueológicas e artísticas do Império Inca como também de civilizações anteriores a esse povo. Portanto, vale visitar o Museu Inka, o Museu Histórico Regional de Cusco e, ainda, o Museu de Arte Pré-colombiana

    Além de curtir toda a riqueza histórica e da natureza das redondezas, essa região do Peru segue a fama do país de ter uma gastronomia criativa e saborosa. No centro de Cusco há locais especializados em dois produtos importantes: o chocolate e o pisco

    Programe-se, então, para conhecer o Museo del Chocolate, onde a iguaria é feita artesanalmente e é possível ter aulas, provar e comprar chocolates; e visitar o Museo del Pisco, que explicam sobre a origem da bebida tradicional do Peru e abre a possibilidade de se degustar coquetéis clássicos como o pisco sour

    comida andina de Cusco é tradicional e lá se encontram pratos típicos feitos com uma variedades de batatas peruanas e com a presença iguarias exóticas preparadas com carne de alpaca, de cuy (conhecido por aqui como porquinho da Índia) e de trutas

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