Estes são os efeitos nocivos do consumo de álcool no cérebro

Diante do consumo desenfreado, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alerta para efeitos que podem ir de uma dor de cabeça até problemas bem mais graves para a mente

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 15 de nov. de 2022, 12:00 BRT
Tarde da noite no bairro de bares "Golden Gai" de Shinjuku, em Tóquio.

Tarde da noite no bairro de bares "Golden Gai" de Shinjuku, em Tóquio.

Foto de David Guttenfelder

O álcool está ligado à causa de mais de 200 problemas de saúde, desde doenças do fígado e câncer, até a problemas cardiovasculares e tuberculose. Seu consumo também é um fator que contribui para problemas socioeconômicos, como violência doméstica e desemprego, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

De acordo com essa entidade, a região das Américas é a segunda maior consumidora de álcool, depois da região europeia. “A cada 10 segundos, uma pessoa morre de causas relacionadas ao álcool” no continente.

O consumo do álcool vai contra uma vida saudável. Mas como ele afeta o cérebro, em particular?

Riscos imediatos do consumo de álcool para o cérebro

Segundo a Opas, o consumo de bebidas alcoólicas pode causar dores de cabeça e enxaquecas, tanto imediatamente após a ingestão quanto no dia seguinte; má qualidade do sono e de curta duração; e declínio cognitivo, incluindo a redução na atenção, no controle de impulsos, julgamento, na tomada de decisão e concentração.

Por sua vez, acrescenta a Opas, pode causar desmaios mentais e perda de memória de eventos ocorridos durante o episódio de intoxicação alcoólica; deficiências psicomotoras que aumentam drasticamente o risco de lesão cerebral por acidentes, violência e overdose; e desacelerar as partes que controlam as funções básicas de suporte à vida, como respiração, frequência cardíaca e controle de temperatura. E sua overdose pode levar até mesmo à morte.

Riscos a longo prazo do consumo de álcool para o cérebro

A ingestão excessiva e prolongada de álcool também tem efeitos cumulativos: funções executivas são prejudicadas, como o raciocínio abstrato, a memória funcional, o planejamento, o controle inibitório e a resolução de problemas, além da dependência do álcool e da demência.

Ao mesmo tempo, pode aumentar o risco de depressão e pensamentos suicidas, e levar a mudanças nos padrões de sono, humor, personalidade, diminuição da atenção, problemas de coordenação e condições psiquiátricas, como ansiedade e depressão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também alerta que o consumo nocivo pode prejudicar outras pessoas, como por exemplo familiares, amigos, colegas de trabalho e até desconhecidos em geral.

O que é possível fazer para proteger o cérebro dos efeitos do álcool 

Não há nível de consumo de álcool considerado seguro. Os estudos mostram que os níveis baixos de ingestão também estão associados a um maior risco de resultados adversos à saúde do cérebro.

Diante disso, a Opas recomenda refletir sobre o consumo de álcool, evitar a intoxicação e buscar ajuda dos profissionais de saúde.

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