No Dia Mundial da Ciência, veja 3 descobertas científicas que marcaram o século 21
A ciência serve à humanidade em muitas áreas e pode contribuir para a paz e o desenvolvimento. Devido ao seu impacto no mundo, um dia mundial é comemorado em 10 de novembro para destacar sua importância e relevância na vida cotidiana.
Um pesquisador coleta amostras de DNA: o mapeamento completo do genoma humano é uma das conquistas da ciência no século 21.
A ciência é uma ferramenta criada pelos seres humanos para entender o mundo ao seu redor e para aplicar esse conhecimento em seu benefício, como define a Organização das Nações Unidas (ONU). Por isso mesmo, o Dia Mundial da Ciência para a Paz e o Desenvolvimento, comemorado em 10 de novembro, foi criado para promover a conscientização pública sobre as descobertas científicas.
A data tem o intuito de mobilizar as pessoas em torno do tema da ciência, lembrando que os avanços científicos devem encontrar soluções para novos desafios econômicos, sociais e ambientais, além de ajudar a construir um futuro sustentável.
Todos os anos são feitos avanços nas mais diversas áreas da ciência, com grande impacto na vida das pessoas. E o século 21, em especial, está repleto dessas grandes descobertas. É o caso do trabalho dos cientistas Katalin Karikó e Drew Weissman, que ganharam recentemente o Prêmio Nobel de Medicina com seus estudos sobre modificações de bases nucleotídicas. Foram essas pesquisas que levaram ao desenvolvimento de vacinas eficazes de RNA mensageiro (mRNA) contra a Covid-19, por exemplo.
Outros avanços científicos promissores dos últimos tempos estão relacionados ao desenvolvimento de novas vacinas contra o câncer, aplicações de inteligência artificial ou uma melhor compreensão do universo.
Para marcar a efeméride, National Geographic separou três descobertas do século 21 destacadas, entre outras, pela Aquae Foundation, uma uma organização que é referência na promoção da educação, no apoio à sustentabilidade e na disseminação do conhecimento pelo mundo.
Na medicina, a decodificação completa do genoma humano
O Projeto Genoma Humano foi criado na década de 1990 com o objetivo de decifrar o genoma humano. A missão atingiu seu clímax em 2003, quando um consórcio internacional de cientistas de seis países decifrou, dois anos antes do previsto, a sequência completa (99,99%) do chamado “livro da vida”.
Como explica Aquae, "escondidos na longa fita em forma de hélice do DNA estão milhares de genes que contêm as instruções para o funcionamento de um ser humano".
Essa descoberta é uma das conquistas científicas mais influentes para o desenvolvimento de terapias gênicas.
A investigação detalhada de um dos hominídeos mais antigos marcou a arqueologia
Uma equipe liderada pelo paleoantropólogo norte-americano Tim White descobriu os primeiros fósseis do Ardipithecus ramidus, considerado um ancestral dos seres humanos, na área de Middle Awash, na Etiópia, entre 1992 e 1994, como conta o Museu Smithsonian de História Natural dos Estados Unidos.
Mas foi em 2009 que uma equipe internacional de cientistas publicou uma descrição detalhada do esqueleto, chamado Ardi, na revista Science. Trata-se de uma fêmea que pesa aproximadamente 50 quilos e tem cerca de 120 centímetros de altura.
Um macho Ardipithecus ramidus oferece nozes a uma fêmea no chão.
De acordo com a Aquae Foundation, este é o mais antigo ancestral dos humanos e estima-se que tenha vivido há 4,4 milhões de anos. Essa é uma das descobertas científicas mais importantes deste século no campo da arqueologia e da antropologia.
A descoberta de água em Marte foi um marco na ciência espacial
Uma imagem de Marte feita a partir de uma compilação de fotos capturadas pela espaçonave Viking Orbiter 1, da Nasa.
Há uma série de descobertas astronômicas notáveis no século 21, mas entre elas é impossível não destacar a descoberta de água em Marte, anunciada em 2008 pela Nasa, a agência espacial norte-americana.
Isso porque os cientistas vinham investigando esse fato em Marte há muito tempo. Estudos anteriores indicavam que isso era possível, mas faltava a prova física, que se tornou realidade graças à sonda Phoenix. Esse veículo espacial, lançado em 4 de agosto de 2007, encontrou gelo próximo ao polo norte marciano.
