Considerado por muitos especialistas como “o alimento completo” por seu equilíbro de nutrientes, o ovo deve ...

Os 4 benefícios do ovo para a saúde: ele é considerado “o alimento completo”

Popular como fonte de proteína, o ovo contém muitos outros nutrientes essenciais ao organismo humano. E certos mitos que o cercam já foram derrubados pela ciência.

Considerado por muitos especialistas como “o alimento completo” por seu equilíbro de nutrientes, o ovo deve fazer parte de qualquer rotina de alimentação saudável, respeitando o estilo de vida de cada pessoa.

Foto de Paulo Lanzetta Embrapa
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 18 de abr. de 2024, 12:00 BRT

Durante muito tempo, ovo de galinha foi alvo de disputa no universo da ciência alimentar, ora por ser considerado um aliado para a boa saúde, ora sendo acusado de ajudar a elevar as taxas do chamado colesterol ruim” no organismo. Mas, como explica um artigo da Mayo Clinic (organização sem fins lucrativos para pesquisas médico-hospitalares), dos Estados Unidos, existem muitos mitos associados ao alimento. E eles precisam ser derrubados. 

Um deles é justamente a ideia de que o consumo de ovos poderia afetar a saúde do coração por causa de um possível impacto elevando o colesterol. “A maior parte do colesterol no corpo é produzida pelo fígadoe não fornecida pela dieta”, explica um artigo da fonte médica sobre o tema. “E, embora a dieta seja importante, pesquisas descobriram que os níveis de colesterol têm mais a ver com a gordura ingerida, principalmente as gorduras saturadas e trans”.

Por isso mesmo, os ovos saem praticamente isentos dessa acusação. Eles contêm nutrientes importantes para o corpo humano, como as vitaminas A e D, além de proteínas. “Estudos populacionais de longo prazo mostram que o consumo de um ovo por dia não está associado a taxas mais altas de ataque cardíaco ou derrame”, diz a fonte. Mas o mesmo não vale para certos “acompanhamentos” que costumam vir com o ovo em alguns casos. Tanto o queijo quanto o bacon, por exemplo, precisam ser consumidos com bastante moderação, pois eles sim têm impacto para o risco dessas doenças, reforça a Mayo Clinic.

Para entender melhor todos os benefícios que a ingestão de ovos pode trazer para uma dieta alimentar saudávelNational Geographic conversou com um especialista no tema. Descubra, abaixo, os 4 benefícios do ovo para o organismo humano.

Galinhas passam ao redor de um caminhão agrícola carregado de ovos orgânicos em uma fazenda de Crescent City, na Califórnia.
 

Foto de George Steinmetz

Quais são os nutrientes encontrados no ovo?

São diversos os nutrientes encontrados nos ovos, como detalha Andrea Ferrara, nutricionista clínica e funcional, pós-graduada em Nutrição Clínica em Gastroenterologia e em Fisiologia do Exercício (pela Universidade Federal de São Paulo - Unifesp). Entre eles, ômega 3, vitamina A, vitamina Dferrofósforo, selêniozinco e potássio.

A especialista destaca que o ovo pode ser considerado um “alimento completo e equilibrado”: “Ele fornece uma mistura de proteínas, gorduras saudáveisvitaminas e minerais essenciais para a saúde e o bem-estar geral”, afirma Andrea. 

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    A clara e a gema do ovo têm cada uma o seu nutriente, explica a especialista: “Enquanto a clara é rica em proteínas, a gema é a parte que contém certas gorduras e ácidos graxos ômega 3". Aqui, um prato de café da manhã com ovos e abacate servido em um hotel no Serengeti, no Quênia.

    Foto de Charlie Hamilton James

    Os benefícios do ovo para a saúde

    A nutricionista informa ainda que a quantidade diária de ingestão de ovos pode ser avaliada caso a caso por um especialista: “É preciso verificar as necessidades individuais, condições de saúdeestilo de vida fatores genéticos”, explica ela, mas reforça que o alimento é bem-vindo se consumido de forma adequada. 

    Entre os benefícios de se comer ovos, destacam-se:

    • O aumento do chamado “colesterol bom”: “as pesquisas mais recentes mostram que o consumo de ovos pode até aumentar o colesterol LDL, mas também é capaz de elevar o colesterol HDL (colesterol "bom"), resultando em uma relação HDL/LDL favorável”, afirma a Dra. Andrea Ferrara.
       
    • Os ovos são ricos em antioxidantes: a expert detalha que entre as substâncias encontradas nesse alimento estão a luteína e a zeaxantina. “As duas primeiras podem beneficiar a saúde ocular –, e tem também a colina, uma vitamina do complexo B envolvida na saúde hepática, na prevenção de doenças cardiovasculares, ajudando a reduzir os níveis elevados de homocisteína (um tipo de aminoácido produzido pelo organismo humano) no sangue e no desenvolvimento neural”, explica.  
       
    • A ingestão de ovo mexe com o metabolismo e tem ação anti-inflamatória no organismo: a presença de nutrientes antioxidantes no ovo, principalmente na gema, ajudariam nesses dois aspectos do corpo humano. Mas a médica ressalta: “É importante avaliar também o fator genético e a resposta à hipercolesterolemias (que é o aumento dos níveis de colesterol no sangue”, diz.
       
    • A clara e a gema do ovo têm cada uma o seu nutriente: “enquanto a clara é rica em proteínasa gema é a parte que contém certas gorduras e ácidos graxos ômega 3. Para sinergia e ingestão equilibrada de nutrientes, recomenda-se consumir ambas as partes”, enfatiza a especialista. Em outras palavras, “um ovo inteiro oferece gama completa de nutrientes e proteína de alta qualidade para absorção”.

    Além desses benefícios principais, vale ressaltar que os ovos podem ser uma boa (e barata) opção proteica de origem animal para as refeições, além de também serem consumidos em preparações que levam o alimento, como tortas, bolos, omeletes, entre outros.

    Para finalizar, a especialista alerta que o consumo de ovos deve ser evitado em casos de alergias alimentares e intolerância a galactosemia – “condição rara que afeta o metabolismo da galactose (um tipo de açúcar presente principalmente no leite e em algumas frutas como  figo, caqui, uvas, tomate, laranja lima e mamão)”, explica ela. 

    “No caso de doenças cardiovasculares e colesterol elevado, deve ser controlado e reduzido consumo de ovos, sempre se adequando ao restante da composição da dieta”, finaliza a médica.

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