Parques Nacionais da América Latina: 3 destinos imperdíveis em Brasil, Argentina, Equador e Chile

Para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, aventure-se por três parques latino-americanos que reúnem mais do que belas paisagens: têm grande importância por sua rica biodiversidade.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 4 de jun. de 2024, 14:47 BRT
As Cataratas do Iguaçu são consideradas a 8ª maravilha do mundo. Localizadas na fronteira entre Brasil ...

As Cataratas do Iguaçu são consideradas a 8ª maravilha do mundo. Localizadas na fronteira entre Brasil e Argentina, podem ser visitadas em parques dos dois lados da fronteira. 

Foto de Bruno Bimbato Parque Nacional do Iguaçu

Com uma área territorial de mais de 20 milhões de quilômetros quadrados, não é raro encontrar paisagens naturais impressionantes na América Latina. Muitos desses locais destacam-se por serem grandes reservas de biodiversidade e serem parques nacionais preservados. 

De rios a grandes cachoeiras, passando por florestas densas a áreas desérticas, esses três parques nacionais no Equador, ArgentinaBrasil e Chile vão chamar sua atenção.

No Dia Mundial do Meio Ambientecomemorado em 5 de junho para promover a conscientização ambiental e incentivar ações para restaurar os biomas da Terra, descubra mais sobre estes destinos e tome nota para uma próxima visita.

A deslumbrante vista do pôr-do-sol no Parque Nacional Yasuní, no Equador. O lugar é um dos mais ricos do planeta em biodiversidade. 

Foto de Anand Varma

1. Parque Nacional Yasuní, no Equador

Parque Nacional Yasuní, na província de Napo, no norte do Equador, abriga uma biodiversidade impressionante no coração da floresta amazônica, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente do Equador. Ele abrange mais de um milhão de hectares e é a maior área protegida do Equador continental.

Desde 1989, a área é listada como Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Grande parte de seu valor reside no fato de ser "uma das áreas com a maior diversidade por metro quadrado do planeta", de acordo com a organização.

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    À esquerda: No alto:

    Um macaco-esquilo encontrado na parte da floresta amazônica que fica no parque equatoriano de Yasuní.

    À direita: Acima:

    A onça-pintada, também presente em território brasileiro, é um dos animais selvagens encontrados nas florestas do rico Parque Nacional Yasuní, no Equador. 

    fotos de Steve Winter

    Trata-se também de uma paisagem intocada, já que 99,73% da Reserva da Biosfera é representada pela vegetação natural original, de acordo com a Unesco. 

    Além das mais de 2 mil espécies de árvores e arbustos, os visitantes se surpreendem com os rios caudalosos que percorrem toda a área e com a fauna variada que ali se refugia, desde animais de grande porte (como a onça-pintada e a sucuri) até os menores (como o leão ou o macaco de bolso). 

    De acordo com a agência equatoriana, há 204 espécies de mamíferos610 espécies de aves121 espécies de répteis150 espécies de anfíbios e mais de 250 espécies de peixes

    A magnitude das Cataratas do Iguaçu: os parques dos dois lados da fronteira de Brasil e Argentina ajudam a preservar a fauna e a flora únicas da região.

    Foto de Bruno Bimbato Parque Nacional do Iguaçu

    2. Parque Nacional do Iguaçu, na fronteira entre Argentina e Brasil

    Uma das sete maravilhas naturais do mundo, as Cataratas do Iguaçu estão localizadas entre a Argentina e o Brasil – e podem ser visitadas entrando nos parques nacionais de ambos os lados da fronteira.

    Na Argentina, o Parque Nacional Iguazú foi criado em 1934 e declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1984. Ele abrange mais de 67 mil hectares onde a floresta tropical é dominante. A fauna é variada: há mais de 450 espécies de pássaros (como tucanos), mamíferos (como o quati), répteis (como o jacaré) e inúmeros peixes.

    Lá é possível ver o rio Iguaçu, com 1.500 metros de largura e suas imponentes cachoeiras, várias delas com 80 metros de altura. É possível apreciar de diferentes maneiras a visita às cataratas, inclusive caminhar sobre elas através de passarelas no parque, explica o governo argentino.

    No lado brasileiro existem outras paisagens para se ver no Parque Nacional do Iguaçu, que fica na cidade de Foz do Iguaçu. Ele foi criado em 1939, no oeste do estado do Paraná e possui uma área de aproximadamente 185 mil hectares, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) brasileiro.

    A largura total das quedas em território brasileiro é de aproximadamente 800 metros e o maior volume de água nas cachoeiras é produzido entre os meses de outubro e março, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

    Assim como no lado argentino, uma das melhores maneiras de ver as cataratas é a pé. Há várias trilhas para se conhecer o local, entre elas, a Trilha da Escola Parque, com 2.400 metros de extensão (ida e volta), é linear e fácil.

    Tanto de um lado quanto do outro, é possível fazer passeios de bicicleta ou excursões náuticas, que oferecem maior contato com as “poderosas corredeiras e cachoeiras estrondosas", como diz o site argentino do parque. No Brasil, se pode também fazer um passeio aéreo sobrevoando as cataratas em um helicóptero.

    De acordo com o ICMBio, os dois parques nacionais (na Argentina e no Brasil) são complementares. 

    A vista impressionante do Parque Nacional Desierto Florido, na região do Atacama, no Chile. 

    Foto de Ana Valenzuela Toro

    3. Parque Nacional Desierto Florido, no Chile

    Perto de seu primeiro ano como parque nacional (foi estabelecido como tal em junho de 2023), o Parque Nacional Desierto Florido em Copiapó, na região do Atacama (perto da costa norte do Chile), busca proteger a biodiversidade da área e o fenômeno da floração.

    Como explica um artigo do governo chileno, de tempos em tempos o Deserto do Atacama, o deserto mais seco do mundo, é coberto por um "tapete" de flores. "A manifestação florística que ocorre ali, quando as chuvas ultrapassam um determinado limite, devido ao fenômeno El Niño, permite que sementes rompam a dormênciasurjam plantas de características variadas e flores multicoloridas", detalha a fonte.

    "É uma floração efêmera, de vida muito curta, em torno da qual surge um grande número de espécies: pássaros, insetos, répteis e roedores", diz Ana María Mujica, professora da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, em um artigo da Pontificia Universidad Católica de Chile.

    Além de oferecer uma paisagem única, o fenômeno tem um alto valor biológico e genético graças ao grande número de espécies endêmicas, destaca o governo chileno. 

    Esses eventos geralmente ocorrem entre setembro e meados de novembro (a primavera no Hemisfério Sul). Conforme relatado em uma reportagem de National Geographic Estados Unidos sobre o parque nacional Desierto Florido, cerca de 15 superflorações ocorreram no Atacama nos últimos 40 anos.

    O parque nacional chileno, com cerca de 57 mil hectares, mostra ainda a acidentada costa sul do Atacama e é um ponto perfeito para os aficionados por astronomia, que têm a chance de apreciar a galáxia por meio de seu céu noturno brilhante.

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