Pele pálida, rigidez… O que acontece com o corpo humano após a morte?

Entenda algumas das alterações sofridas pelo corpo depois que se morre e os fatores que as influenciam.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 18 de jul. de 2023, 16:28 BRT
Uma equipe de geneticistas examina a múmia de um menino não identificado na tumba do Faraó ...

Uma equipe de geneticistas examina a múmia de um menino não identificado na tumba do Faraó Amenhotep 2º.

Foto de Paolo Verzone

O que acontece com o corpo humano logo após a morte? Ainda que não exista mais vida, uma série de mudanças físicas, resultado de processos físico-químicos e ambientais, começam a ocorrer, como explica o National Center for Biotechnology Information (NCBI, na sigla em inglês). A instituição integra o National Institutes of Health (NIH), agência de pesquisa médica dos Estados Unidos.

Mas existem ainda fatores internos e externos que aceleram as alterações no corpo depois da morte. Entre eles, podem ser citados fatores como o clima , quando é quente e úmido; a presença de gordura corporal; lesões abertas; sepse ou infecção; e a localização do cadáver se ele estiver ao ar livre. 

Dependendo da ordem em que ocorrem, as alterações pós-morte (também chamadas de post-mortem) são classificadas como imediatas, iniciais e tardias, explica o NCBI.

Quais são as alterações imediatas que o corpo sofre após a morte?

As alterações imediatas estão relacionadas à interrupção irreversível das funções vitais do cérebro, do coração e dos pulmões. 

Isso inclui a perda da sensibilidade e de movimentos voluntários do corpo; além da interrupção da respiração, da circulação sanguínea e das funções do sistema nervoso, explica a agência de saúde. 

Quais são as alterações iniciais no corpo após a morte?

As alterações iniciais estão associadas à morte celular e incluem mudanças na pele e nos olhos, resfriamento do calor corporal, rigidez e manchas, como informa a organização norte-americana. 

A pele, por exemplo, fica pálida e perde a elasticidade em poucos minutos. Já os lábios se tornam secos e duros. Entre as alterações oculares, o NCBI menciona a opacidade da córnea (ou seja, ela perde a  sua transparência) e a flacidez ocular (o que significa um excesso de pele e rugas na região das pálpebras).

Como consequência da interrupção da circulação, o calor não é mais produzido dentro do corpo. Essa queda na temperatura corporal é chamada de algor mortis.

Os músculos sofrem um relaxamento seguido de uma rigidez muscular conhecida como rigor mortis. Esse fenômeno aparece de 1 a 2 horas e desaparece em, aproximadamente, 36 horas após a morte.

Outro efeito da interrupção da circulação é conhecido como livor mortis. Quando uma pessoa morre, o sangue começa a se mover em direção às regiões mais baixas do corpo devido à gravidade, resultando em uma coloração avermelhada e azulada nas regiões inferiores do corpo – como se fossem manchas.

Quais são as alterações tardias após a morte?

Entre as mudanças tardias no corpo humano após a morte, o NCBI menciona a autólise, uma atividade de “autodestruição” na qual as enzimas fazem a decomposição de células e de tecidos do corpo humano.

Há também a putrefação, nome dado à decomposição do corpo por ação de microorganismos. Esse processo, no entanto, pode ser alterado pela formação de adipocere (substância semelhante a uma cera).

De acordo com um artigo publicado em 2020 na revista médica Journal of Forensic and Legal Medicine, a adipocere é uma substância formada a partir do tecido adiposo que torna a decomposição mais lenta ou a interrompe completamente. A formação da adipocere se dá em ambientes quentes e úmidos.

Outro processo que interfere na putrefação do corpo é a mumificação, caracterizada pela dissecação ou desidratação dos tecidos cadavéricos. 

Quando é feita a mumificação, a pele do indivíduo fica marrom, dura e quebradiça. Já o corpo enruga e diminui de tamanho. Entretanto, as características faciais e as lesões são preservadas. 

Ao contrário da adipocera, a mumificação requer um ambiente seco e árido com uma brisa quente constante para se materializar, diz o NCBI. A prática ficou famosa, sobretudo, por ser adotada por povos como os antigos egípcios

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