Os 10 fatos que você não sabia sobre o Olympic, navio ‘irmão’ do Titanic

Descubra a história do transatlântico que, apesar de ter sofrido um acidente, conseguiu navegar pelas dificuldades do alto mar até o fim de sua vida útil.

Grandes navios porta-contêineres atracam para carregar ou descarregar contêineres que são enviados para o resto da Europa, Trieste, Itália.

Foto de Chiara Goia
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 13 de jul. de 2023, 17:31 BRT

No início do século 20, a White Star Line (WSL) construiu três transatlânticos com a ideia de se tornar a primeira empresa no negócio de travessia da Europa para as costas da América. Esses navios, de acordo com a Enciclopédia Britannica (plataforma de dados do Reino Unido), eram o Olympic, o Titanic e o Britannic. 

Diferentemente de seus concorrentes, a WSL oferecia uma viagem de luxo pelo Atlântico. Um artigo publicado pela National Geographic Espanha, em junho de 2023, explica que os navios eram os maiores e mais luxuosos que existiam até 1900. As cabines da primeira classe eram espaçosas, enquanto os quartos da segunda e terceira classes eram iguais aos de qualquer quarto de hotel ou escritório. 

O primeiro navio a encarar o alto mar foi o Royal Mail Ship (RMS) Olympic em 1911, enquanto o Titanic e o Britannic iniciaram suas operações em 1912 e 1915, respectivamente. No entanto, o artigo da National Geographic Espanha afirma que o mais velho dos “irmãos” foi o único a sobreviver a um acidente sem afundar. Que histórias você conhece sobre ele? 

1. Qual era a relação entre o Olympic e o Titanic?

RMS Titanic era um transatlântico de passageiros que afundou entre a noite de 14 e a madrugada de 15 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, quando colidiu com um iceberg a caminho da cidade de Nova York, EUA. Devido à magnitude do acidente, ele se tornou uma das tragédias mais famosas da história. 

Na noite do acidente, o Olympic recebeu mensagens de socorro e definiu um curso para as coordenadas do Titanic. No entanto, seu “irmão mais velho” estava a quase mil quilômetros de distância e, no meio do caminho, recebeu uma mensagem de um navio chamado Carpathia, informando que o resgate dos sobreviventes havia sido concluído. 

2. Ajustes no Olympic após o naufrágio do Titanic

Esta fotografia vintage mostra a ponte da asa de estibordo do transatlântico "Titanic".

Foto de TRANSATLANTIC RESEARCH & ADVISORY BOARD

Britannica registra que, após o naufrágio do Titanic, o Olympic foi reformado para garantir a segurança dos tripulantes e passageiros. O número de botes salva-vidas foi aumentado de 20 para 68, o fundo duplo do navio foi alongado e as portas de isolamento entre os compartimentos estanques do navio foram reformadas. Essas portas tornaram possível isolar diferentes seções da embarcação, para o caso de um vazamento de água no interior. 

3. O capitão do Olympic morreu a bordo do Titanic

Edward J. Smith (1850-1912) foi o capitão a bordo do Titanic em sua viagem inaugural. Conhecido como "o capitão dos milionários", a Enciclopédia Britannica diz que Smith começou a trabalhar para a White Star Line em 1880. Várias de suas histórias tiveram um desfecho ruim. 

Em 1911, o capitão Smith estava a bordo do Olympic quando este colidiu pela primeira vez com o cruzador britânico Hawke. A essa altura, outros navios sob sua responsabilidade já haviam encalhado e, em 1912, ele foi nomeado capitão do RMS Titanic. Seu infortúnio entrou para a história. 

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    4. O Olympic foi o único sobrevivente da tríade marítima

    O primeiro transatlântico da RMS foi o único sobrevivente dos três navios. Após completar quatro viagens sem nenhum arranhão, o Olympic sofreu uma colisão lateral com outro transatlântico britânico durante a quinta viagem, o que danificou seu casco. Porém, o acidente não foi suficiente para afundá-lo.

     O Olympic era o maior dos três transatlânticos, segundo a Britannica, com 269 metros de comprimento e uma tonelagem bruta (uma medida náutica para estimar o tamanho ou a capacidade de carga de um veículo) de 45 324.

    5. O acidente do Olympic resultou em sete mortes

    101 | Titanic
    Um iceberg, erros humanos e a confiança infundada na segurança do navio levaram o RMS Titanic e a maioria de seus passageiros a um fim trágico.

    A enciclopédia do Reino Unido relata que, em 15 de maio de 1934, um ano antes de o transatlântico deixar de operar, o Olympic atingiu e afundou o Nantucket – um navio posicionado para marcar as águas rasas ao largo de Cape Cod, em Massachusetts (EUA) – devido a um nevoeiro espesso que impedia a visibilidade em alto-mar. O acidente deixou sete mortos dos 11 que estavam a bordo do Nantucket

    (Submarino Ocean Gate: Passageiros do submarino desaparecido são declarados como mortos: veja o que aconteceu

    6. A WSL se inspirou na mitologia para nomear sua frota

    De acordo com o artigo da National Geographic Espanhaos nomes iniciais dos três navios da WSL foram inspirados em seres mitológicos da literatura grega. O mais novo dos irmãos, Britannic, seria batizado de Gigantic. "Ironia do destino, assim como na mitologia, os dois últimos ficaram presos no abismo e apenas o Olympic sobreviveu", conclui o artigo.

    7. As Olimpíadas e a Primeira Guerra Mundial

    Depois de ser danificado em sua quinta viagem marítima, o Olympic serviu à Marinha Real durante a Primeira Guerra Mundial, em 1914. Durante suas viagens comerciais, ajudou a resgatar sobreviventes do navio de guerra da Marinha Real Britânica HMS Audacious. Ele também transportou tropas canadenses e norte-americanas para a Europa. A Enciclopédia Britannica reconhece a audácia de seus fuzileiros navais ao avistarem um submarino alemão perto das Ilhas Scilly em maio de 1918. 

    8. O Olympic foi o melhor transatlântico de sua época

    De acordo com a Enciclopédia Britannica, o Olympic era muito popular e considerado o melhor transatlântico da época, tendo completado quase 24 anos (1911-1935) de serviço. Em abril de 1935, o navio foi retirado de operação e, posteriormente, vendido como sucata e atração de exibição para vários hotéis e alojamentos ingleses. 

    9. O declínio da White Star Line com a Grande Depressão

    A National Geographic Espanha diz em seu artigo que, em 1929, o evento histórico conhecido como a "Grande Depressão" (uma recessão econômica causada pelo colapso da Bolsa de Valores de Nova York, tendo impacto mundial) afetou drasticamente as empresas de navegação, incluindo a WSL e a Cunard Line. Como resultado, as empresas tiveram que reduzir o tamanho de suas frotas. 

    10. Personalidades históricas a bordo do transatlântico Olympic

    Após o fim da Primeira Guerra Mundial, o Olympic foi reformado novamente como um navio de luxo, ainda melhor do que seu navio irmão, o Titanic, diz a National Geographic Espanha. Até sua aposentadoria em 1934, o navio foi visitado por várias celebridades da época, como Marie Curie, Charlie Chaplin e o atual rei da Inglaterra, Charles 3º, que na época era apenas um príncipe. 

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