Estas 5 mulheres fizeram história quando o assunto é esporte
Atletas de modalidades como tênis, natação e montanhismo, entre outras, deixaram sua marca na história do esporte internacional.
São muitas as mulheres que deixaram sua marca histórica nos campos da ciência, da arte e dos direitos humanos. Elas também deixaram sua marca no esporte. Nomear todas elas seria um desafio sem fim. Por esse motivo, National Geographic compilou os nomes de algumas das principais mulheres do mundo nessa área.
A lista vem de uma seção intitulada "eventos que mudaram para sempre a face do esporte feminino" compilada pela Encyclopaedia Britannica (plataforma de conhecimento e educação do Reino Unido) por ocasião do centenário da 19ª Emenda (que permitiu o sufrágio feminino nos Estados Unidos).
Conheça algumas das mulheres esportistas mais proeminentes:
Charlotte Cooper, uma das primeiras tenistas
As mulheres fizeram sua estreia nos Jogos Olímpicos de Paris, em 1900, quando competiram em tiro com arco, vela, hipismo, croquet, petanca, salva-vidas, pesca, golfe e tênis, de acordo com o site do Comitê Olímpico Internacional (COI). Naquela ocasião, Charlotte Cooper (1870-1966) foi a figura de destaque.
Cooper foi uma excelente jogadora de tênis do final do século 19. Em uma época em que as partidas eram jogados com vestidos longos, ela foi uma das grandes vencedoras de torneios. Durante os Jogos Olímpicos de 1900, ganhou o título de tênis individual feminino, tornando-se a primeira atleta a ganhar o ouro olímpico em um evento individual.
Larisa Latynina, a ginasta que só foi superada em medalhas por Phelps
Larisa Latynina é uma ginasta soviética nascida em 1934. De acordo com um artigo publicado em 2020 pelo Comitê Olímpico, Latynina teve a distinção de ganhar o maior número de medalhas olímpicas (18 no total) por 48 anos. O recorde durou até 2012, quando o nadador norte-americano Michael Phelps quebrou seu recorde em Londres 2012.
Ele também ganhou nove medalhas de ouro olímpicas, de acordo com o COI.
A ginasta soviética se aposentou das competições em 1966, mas continuou a trabalhar no esporte. Ela foi treinadora nacional sênior da União Soviética e esteve envolvida no planejamento dos Jogos Olímpicos de Moscou em 1980.
Billie Jean King, jogadora de tênis e a primeira técnica de esportistas masculinos
Além de seu sucesso como jogadora de tênis, Billie Jean King tornou-se uma defensora da igualdade de gênero. Em 2015, ela participou de um evento especial das Nações Unidas por ocasião do Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e a Paz, como mostra a imagem.
Quando Billie Jean King (nascida em 1943 nos Estados Unidos) começou a jogar tênis, o tênis feminino não era levado a sério, mas ela acabou revolucionando essa ideia.
"Billie Jean King foi a primeira jogadora a mostrar que era competitiva e o que significava ser uma atleta profissional", reconhece Karen Karbo, autora do livro “Praise for Tough Women” (“Elogios Para Mulheres Fortes”, em tradução livre, como informa um artigo da National Geographic Estados Unidos.
Em sua carreira, Billie Jean ganhou 39 títulos importantes, tanto em jogos simples quanto em duplas, observa a Britannica. Também se tornou uma ativista pelos direitos das jogadoras, ajudou a criar um circuito feminino independente e garantiu o apoio financeiro de patrocinadores comerciais.
Ela foi a primeira treinadora de tenistas profissionais masculinos, de várias equipes olímpicas e da Copa da Federação do esporte (que a partir de 2020 ganhou o nome de Billie Jean King Cup).
Um dos eventos mais conhecidos de sua biografia (e um momento significativo na segunda onda do movimento feminista) é a"Batalha dos Sexos", uma partida de tênis que colocou a tenista contra Bobby Riggs (um tenista americano) em 1973. O jogo terminou com a vitória de Billie Jean, que recebeu a maior recompensa financeira de todos os tempos na época. A partida bateu recorde com 90 milhões de telespectadores em todo o mundo.
Diana Nyad, a nadadora recordista em longas distâncias
Diana Nyad, nascida nos Estados Unidos em 1949, é uma nadadora de longa distância e também jornalista, que ficou famosa por seus recordes. Em 1979, por exemplo, nadou 164 quilômetros de North Bimini (uma ilha nas Bahamas) até Juno Beach (no estado norte-americano da Flórida) em 27 horas e 30 minutos. Na época, este foi o mais longo nado oceânico da história, de acordo com a Britannica.
Um ano antes, Diana havia tentado nadar o Estreito da Flórida, entre Cuba e a Flórida, mas o mar agitado obrigou a esportista a desistir. Quando chegou aos 30 anos, porém, Nyad desistiu do esporte para seguir a carreira de jornalista. Anos depois, ela tentaria novamente.
Depois de quatro tentativas fracassadas, a nadadora estadunidense alcançou seu objetivo. Em 2013, aos 64 anos de idade, ela nadou a distância de 177 quilômetros em quase 53 horas. Ao fazer isso, tornou-se a primeira pessoa a nadar de Cuba até a Flórida sem a proteção de uma gaiola de tubarão, informa a Britannica.
Nyad escreveu vários livros e, conforme descrito em um artigo de 2013 da National Geographic Estados Unidos sobre o feito: sua história é igualmente "improvável e inspiradora".
Gerlinde Kaltenbrunner, uma escaladora de montanhas altíssimas
A montanhista austríaca Gerlinde Kaltenbrunner é conhecida por ter sido uma das primeiras mulheres a escalar todas as 14 montanhas acima de 8 mil metros de altitude no mundo.
Gerlinde Kaltenbrunner, nascida na Áustria, em 1970, era uma esquiadora de sucesso quando criança, mas aos poucos começou a se interessar por caminhadas nas montanhas.
Sua primeira grande expedição de escalada ocorreu aos 13 anos de idade, quando ela escalou o Sturzhahn, uma montanha de 2.028 metros de altura no centro-oeste da Áustria.
Em 2003, a austríaca decidiu se tornar montanhista profissional. Ela é uma das primeiras mulheres a escalar todos os 14 picos de 8 mil metros (ou mais) do mundo – e a primeira a fazê-lo sem o uso de aparelhos de respiração com oxigênio suplementar.
Ela alcançou esse recorde depois de chegar ao cume do K2, a segunda montanha mais alta da Terra com 8.611 metros. Antes dessa ascensão (que ela compartilhou com outros três expedicionários), apenas 24 pessoas no mundo haviam chegado ao cume das 14 montanhas mais altas e apenas 10 delas o haviam feito sem oxigênio suplementar. Em 2012, ela foi nomeada Exploradora do Ano pela National Geographic.