Como fotografar um eclipse? Veja 4 dicas dadas por especialistas

O encontro entre a Terra, a Lua e o Sol gera paisagens incríveis e desperta diferentes emoções nas pessoas. Para quem deseja capturar esse fenômeno em imagens, vale seguir estas sugestões.

Esta imagem composta mostra a progressão de um eclipse solar parcial sobre o Ross Lake no Northern Cascades National Park, em Washington, Estados Unidos. Feita em 21 de agosto de 2017, ocasião de um eclipse solar total que atravessou uma parte estreita dos Estados Unidos. A foto foi feita por Bill Ingalls, fotógrafo da Nasa.

Foto de Bill Ingalls NASA
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 5 de abr. de 2024, 13:18 BRT

Um eclipse total do Sol oferece oportunidades únicas para os observadores do céu. Ele permite que os cientistas entendam melhor uma das estrelas mais brilhantes do Sistema Solar e oferece vistas de tirar o fôlego para especialistas e amadores. 

Como um evento astronômico único, é natural querer fotografar os eclipses. Para obter as melhores fotos do momento, no entanto, o ideal é seguir algumas orientações dos especialistas. Confira 4 principais dicas abaixo:

1. Para fotografar um eclipse, primeiro proteja seus olhos

Os especialistas insistem na importância de proteger seus olhos durante os eclipses solares. Como a NASA ressalta, olhar diretamente para o Sol (mesmo que seja através da lente de uma câmera, binóculos ou telescópio sem um filtro solar especial fixado) pode causar lesões oculares graves.

Portanto, devem ser usados óculos de visualização solar seguros (que não são iguais aos óculos de sol normais, que não protegem os olhos quando se olha para um eclipse).

Além disso, se você quiser fotografar o Sol enquanto ele estiver parcialmente eclipsado, deverá usar um filtro solar especial para proteger sua câmera, bem como um par de óculos de visualização solar, sugere a agência espacial dos Estados Unidos.

Entretanto, durante a totalidade, ou seja, quando a Lua bloqueia completamente o Sol, é possível remover o filtro para ver a atmosfera externa do Sol: a coroa. De acordo com a Nasa, "você saberá que é seguro quando não puder mais ver nenhuma parte do Sol através dos óculos de eclipse ou do visor solar". 

No entanto, é importante que, assim que o Sol reaparecer (mesmo que seja uma pequena porção de luz solar), você coloque imediatamente os óculos de volta.

A agência espacial também sugere que se busque a orientação de um astrônomo especialista antes de usar um filtro solar com uma câmera ou qualquer outro dispositivo óptico. Além disso, lembre-se de que esses filtros solares devem ser colocados na frente da lente da câmera.

2. Qualquer câmera serve para fotografar um eclipse

A Nasa reconhece que, independentemente do dispositivo de fotos, é possível obter imagens do fenômeno.

"No final das contas, o melhor equipamento que você pode ter é ‘um bom olho’ e uma visão da imagem que deseja criar. Se você não tiver uma lente teleobjetiva com zoom, concentre-se em fotografar paisagens e capturar a mudança do ambiente", sugere a Nasa.

Alguns equipamentos extras podem fazer a diferença e facilitar a tarefa. Um tripé ajudará a estabilizar a câmera e evitará imagens borradas, e um temporizador com disparador permitirá que se tire fotos sem sacudir a câmera. Proteger a máquina do vento também é fundamental.

Quanto às especificações técnicas, segundo o fotógrafo iraniano Babak Tafreshi, que fotografa o céu noturno desde a década de 1990, o ISO da câmera deve se manter baixo e a exposição de 1/2 a 1/10 de segundo ou mais rápida. O especialista também sugere manter a câmera com foco manual, pois o foco automático fica confuso durante um eclipse, menciona em um artigo da National Geographic .

Segundos antes e depois da totalidade, o Sol aparece por trás da Lua com um clarão de luz e um fino círculo de luz, criando um "anel de diamante", como visto nesta fotografia tirada em Oregon, Estados Unidos.

Foto de TERRY VIRTS NASA

3. Pense na composição antes de fotografar um eclipse

Quem quiser clicar um eclipse também precisará decidir se usará uma lente grande angular ou teleobjetiva. No artigo da National Geographic, Tafreshi, que documentou 13 eclipses em todos os sete continentes, esclarece os efeitos de usar uma ou outra.

"Se você fotografar principalmente com uma lente grande angular, talvez queira escolher características do ambiente para incluir na imagem, como as cores do horizonte ou as nuvens no céu", diz ele no artigo. Se optar por uma lente teleobjetiva, é melhor posicionar-se próximo à linha central, onde a totalidade dura mais tempo, para ter mais chances de capturar detalhes da coroa e das proeminências, ou erupções do Sol.

O artigo da Nat Geo nos lembra de ficarmos atentos aos cinco segundos antes e depois da totalidade, quando o sol aparecerá por trás da lua com um clarão de luz conectado a um fino círculo luminoso ao redor da lua, chamado de "anel de diamante".

Mas isso não é tudo. Como o artigo aponta, mesmo durante a totalidade, o Sol é mais brilhante do que a Lua cheia, mas os planetas mais brilhantes e algumas estrelas ficam visíveis.

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    À esquerda: No alto:

    Fotografias com lapso de tempo de cinco minutos mostram a progressão de um eclipse em Ontário, Canadá.

    Foto de LAIRD S. BROWN
    À direita: Acima:

    Durante os eclipses solares, a luz é filtrada pelas folhas das árvores e cria projeções em miniatura em forma de meia-lua, como visto nesta imagem tirada na Virgínia, EUA.

    Foto de O. Louis Mazzatenta

    4. O Sol oferece vistas de tirar o fôlego, mas não se esqueça de observar o que está ao seu redor.

    Como a Nasa aponta, o Sol é o principal protagonista do eclipse. Mas capturar o momento também envolve olhar além dele: olhar ao seu redor é uma excelente alternativa durante o evento. À medida que a Lua se aproxima e obscurece a visão da estrela, a paisagem é iluminada de maneiras específicas e cria sombras impressionantes.

    Por exemplo, você já notou que quando a luz passa pelas folhas das árvores, ela cria projeções em miniatura do eclipse no chão? Portanto, não importa para onde você aponte sua câmera, é possível imortalizar o evento celestial. Como Tafreshi destaca na National Geographic, esses crescentes no chão ocorrem durante a fase parcial do eclipse e são muito fotogênicos.

    Bill Ingalls, fotógrafo norte-americano que trabalha com a Nasa, sugere no site da agência que se concentre na experiência humana e na admiração ao ver o eclipse. "As imagens reais são as das pessoas ao seu redor apontando, olhando e observando", diz ele.

    Na mesma linha, Tafreshi sugere considerar as pessoas, a vida selvagem e as árvores na composição da foto. O fotógrafo também recomenda tentar ver o eclipse e não se concentrar apenas na fotografia. Caso contrário, diz ele, a experiência será perdida.

    Para terminar, uma última dica da Nasa (ou duas): não se esqueça de compartilhar suas fotos e... Lembre-se de usar óculos de proteção durante a fase parcial!

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