Cuidado: estas são algumas doenças que você pode contrair ao comer alimentos em mal estado
Um supermercado sem fins lucrativos vende frutas e vegetais com desconto que estão prestes a ser jogados fora.
As doenças transmitidas por alimentos (DTAs) abrangem uma ampla gama de mais de 200 condições que vão de diarreia a câncer.
Essas enfermidades podem ser adquiridas após a ingestão de produtos que contenham bactérias, vírus, parasitas ou até mesmo produtos químicos nocivos e metais pesados, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Qual é a causa das doenças transmitidas por alimentos?
As DTAs são causadas pela contaminação dos alimentos. Isso pode ocorrer em qualquer estágio da cadeia de produção, fornecimento e consumo, explica o órgão internacional.
O produto pode ser afetado por razões ambientais, como a contaminação da água, do solo e ar.
Quando os retalhistas europeus ou americanos rejeitam uma determinada percentagem da colheita de cebola branca devido aos seus próprios erros de previsão, os produtores colombianos não podem vendê-la. Como resultado, perdem financeiramente, o ambiente sofre e a produção é desperdiçada.
Além disso, o crescimento das principais cidades do mundo, as mudanças climáticas, a migração humana e o aumento das viagens internacionais agravam ainda mais esses problemas e expõem as pessoas a novos riscos à saúde.
As consequências de comer alimentos estragados
Estima-se que uma em cada dez pessoas em todo o mundo adoeça devido à ingestão de alimentos contaminados. Isso resulta em mais de 420 mil mortes por ano, revela a OMS. Desse número, mais de 125 mil mortes ocorrem em crianças com menos de cinco anos de idade.
De acordo com a agência de saúde, as doenças transmitidas por alimentos estragados são de "natureza infecciosa ou tóxica" e os patógenos que as causam podem ser encontrados em produtos como carne animal não cozida, frutas e vegetais contendo fezes de animais, peixes e mariscos crus.
Além disso, produtos manuseados de forma inadequada podem ser expostos a diferentes tipos de agentes biológicos, como bactérias, vírus e príons (proteínas anormais que provocam doenças).
A organização traz uma lista de doenças que uma pessoa pode contrair por meio do contato com esses agentes.
As bactérias de origem alimentar mais comuns
A OMS distingue três bactérias como as mais comuns em relação às DTAs: Salmonella, Campylobacter e Escherichia coli enterohemorrágica. Elas podem ser encontradas em ovos, aves e outros produtos animais infectados e produzir sintomas como febre, dor de cabeça, náusea, vômito, dor abdominal e diarreia.
A Listeria é outra bactéria que pode causar infecções significativas. Embora a doença seja relativamente rara, suas consequências podem ser fatais, especialmente para bebês, crianças e idosos.
De acordo com a OMS, isso coloca a listeriose (doença provocada pela Listeria) entre as DTAs mais graves. A bactéria pode vir de produtos lácteos que não foram pasteurizados adequadamente.
A bactéria Salmonella pode aparecer em ovos, aves e outros produtos de origem animal infectados e produzir sintomas relacionados a febre, dor de cabeça, vômito, entre outros.
Quais os efeitos das doenças transmitidas por vírus?
Os principais sintomas da ingestão de alimentos contaminados por norovírus (um tipo de vírus altamente contagioso) são náusea, vômito, diarreia aquosa e dor abdominal.
Entre as DTAs induzidas por vírus, a OMS menciona a hepatite A, uma doença que ocorre com frequência em pessoas que ingeriram frutos do mar estragados, mal cozidos ou não frescos.
O que são príons e como eles podem afetar a saúde?
Príons são agentes infecciosos compostos de proteínas caracteristicamente associados a certos tipos de doenças neurodegenerativas.
A mais conhecida delas é a encefalopatia espongiforme bovina (ou doença da vaca louca). Essa é uma doença priônica que afeta o gado e está relacionada à variante em humanos da doença de Creutzfeldt-Jakob.
"O consumo de produtos de carne bovina contendo materiais de risco específicos, como tecido cerebral, é a rota mais provável de transmissão do príon para os seres humanos", conclui a OMS.
