Conheça 5 animais marinhos ameaçados de extinção

Um dos animais da lista está entre as maiores espécies que já existiram na Terra.

Uma arraia nada na Ilha de San Benedicto, Arquipélago de Revillagigedo, México.

Foto de Thomas P. Peschak
Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 3 de jul. de 2023, 18:03 BRT

Poluição, pesca excessiva e a destruição de habitats naturais são três das principais causas que afetam significativamente a vida dos animais marinhos no planeta, afirma a Fundación Aquae, organização não-governamental sediada na Espanha que se dedica à proteção do meio ambiente.

A situação mais problemática, diz a fundação, é a crescente poluição dos oceanos e mares por plásticos

A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) lista os seguintes animais marinhos como ameaçados de extinção

1. Foca-monge-do-havaí

Uma foca-monge-do-havaí aparece em uma praia no início da manhã.

Foto de KENADY WILSON

foca-monge-do-havaí (Neomonachus schauinslandi) habita a costa do estado norte-americano do Havaí e, de acordo com os dados mais recentes publicados pela IUCN em 2014, o número de animais dessa espécie é de cerca de 632, com um status de conservação em constante declínio. 

O mamífero vive em áreas rasas, e as principais ameaças são a pesca, as doenças invasivas, a poluição e a presença de humanos em seu habitat natural devido ao turismo.

2. Cavalo-marinho Hippocampus whitei

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    Um cavalo-marinho Hippocampus whitei.

    Foto de David Liittschwager

    A IUCN avaliou em 2016 que o cavalo-marinho Hippocampus whitei está ameaçado de extinção devido à invasão humana em seus lares naturais, ao turismo, à água contaminada e aos resíduos agrícolas despejados no mar. 

    Esse cavalo-marinho reside na costa de New South Wales, Austrália, e é protegido por lei.

    O animal geralmente vive nas macroalgas, corais e esponjas marinhas que se encontram a uma profundidade de apenas 12 metros e se alimenta de pequenos crustáceos

    A IUCN informa em seu artigo que o Hippocampus whitei é uma espécie ovovivípara (que nasce de ovos retidos no corpo do animal) e que se reproduz, geralmente, entre outubro e abril de cada ano. 

     Uma curiosidade: as fêmeas depositam os ovos na bolsa incubadora dos machos e eles carregam os filhotes até o momento do nascimento.

    3. Baleia-azul

    Baleias-azuis se alimentam em mar da Nova Zelândia.

    Foto de LEIGH TORRES

    A Fundación Aquae explica que o terceiro animal da lista é o maior cetáceo que existe e está entre os maiores animais que já habitaram a Terra

    baleia-azul (Balaenoptera musculus) é um mamífero da ordem Cetartiodactyla que pode atingir 30 metros de comprimento e pesar um total de 150 toneladas.

    Apesar de abranger uma área de habitat que se estende por todos os oceanos do mundo, a baleia-azul está ameaçada de extinção, segundo a IUCN. 

    No entanto, a espécie apresenta uma tendência de crescimento populacional, de acordo com os dados mais recentes registrados em 2018. 

    O número estimado de indivíduos dessa espécie está entre 5 mil e 15 mil, e sua expectativa de vida atual é de cerca de 30,8 anos. Essas baleias se alimentam exclusivamente de krill (Euphausiacea), e as principais ameaças sofridas por elas são a caça ilegal e a presença de atividades humanas em seu habitat natural. 

    A IUCN cita, por exemplo, que as baleias-azuis foram vistas colidindo com barcos e sofrendo ferimentos e traumas em um local próximo ao Sri Lanka, na Ásia.

    4. Raia-diabo

    Classificada como ameaçada de extinção desde novembro de 2018, a raia-diabo, arraia-diabo ou manta-diabo (Mobula mobular) é um peixe cartilaginoso nativo dos oceanos Pacífico, Atlântico, Índico e do Mar Mediterrâneo.

    Com uma população em declínio, a IUCN informa que não há estimativas atuais da presença  global de sua espécie. 

    Trata-se de animais que vivem por pelo menos 12,8 anos e passam suas vidas em profundidades de cerca de 50 metros. 

    A IUCN afirma que "a espécie apresenta movimentos em grande escala, e percorre até 1800 quilômetros por dia a velocidades mínimas de 63 quilômetros, provavelmente impulsionada por padrões sazonais na disponibilidade de presas". 

    Sua principal ameaça é a pesca não-intencional. As redes e arpões têm como alvo outras espécies, mas acabam capturando as raias e ameaçando a sua sobrevivência na natureza.

     5. Atum-rabilho-do-sul

    Por fim, o atum-rabilho-do-sul (Thunnus maccoyii) é o ser vivo da lista cuja principal causa de ameaça e possível extinção é a pesca excessiva.

     "O enlatamento [armazenamento em latas] foi a forma mais representativa de comercialização do peixe altamente valorizado até o início da década de 1980", diz a IUCN, sendo o Japão o principal mercado para o comércio desse tipo de alimento.

    Thunnus maccoyii habita profundidades de quase mil metros no mar e pode ser encontrado em águas próximas da Argentina, Brasil, Uruguai, Madagascar, Indonésia, África do Sul e Austrália.

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